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Esculturas em Roma

Coluna de Trajano (114 d.C.)

A Coluna de Trajano é um dos monumentos mais importantes da arte romana. Projetada para fazer parte do conjunto urbanístico monumental do Fórum do Imperador Trajano (onde se encontra), tinha funções comemorativas e funerárias (na sua base foram colocadas as cinzas do imperador).

A coluna tem um embasamento de 5,5m de altura, seguido de um plinto decorado, de um fuste com 3,68m de diâmetro e um capitel, alcançando todo o conjunto 38 metros de altura. A coluna é esculpida numa espiral ascendente, que se fosse desenrolada atingiria 200m de comprimento, com cerca de 2500 figuras representadas, entre elas o imperador (60 vezes). Relata  a conquista da Dácia por Trajano, representando batalhas, assaltos, pilhagens, acampamentos, entre outras cenas, num total de 150.

O relevo das figuras é anatomicamente correto e possui um realismo, distinto para cada personagem e função que desempenha, que afasta a ideia de uma idealização escultórica. Apenas a representação do Imperador surge numa escala relativamente superior, hierarquizando para a sua exaltação e glória, imortalizando-o.

Estátua Equestre de Marco Aurélio (c. 175 d.C.)

Esta estátua é a única estátua equestre romana que sobreviveu até aos dias de hoje, das mais de 20 que existiam espalhadas por Roma. Acredita-se que foi assim porque Marco Aurélio foi confundido por outro imperador, Constantino, que se converteu ao Cristianismo e que deu liberdade de culto aos cristãos, com o Édito de Milão.

É uma estátua em bronze, com 4,24m de altura, representado o Imperador a dirigir-se aos seus súbditos com majestade e autoridade, apesar de não estar com armadura vestida.

Encontra-se no interior do Museu Capitolino, desde que foi para restauro, em 1981. No exterior, na Piazza del Campidoglio, no Capitólio, encontra-se uma réplica, bem no centro da praça projetada por Miguel Ângelo.

O imperador é esculpido de maneira helenística, com o cabelo e barba feitos à moda dos filósofos gregos. O naturalismo das figuras,  o modelado do cabelo e a perfuração dos olhos que acentua o olhar, são recursos plásticos que exemplificam o seu estilo de governar, com autoridade mas magnânimo, de preferência um arauto da paz em vez da guerra.

Apesar disso, o seu reinado foi marcado por constantes guerras com os Partos e os Germanos.

Moisés, de Miguel Ângelo (1515 d.C.)

A estátua de Moisés é uma das obras primas de Miguel Ângelo, a par da Pietá e de David, e do Renascimento Italiano. Quando foi encomendada, pelo Papa Júlio II, ela fazia parte de um grandioso projeto tumular, que nunca se veio a completar, por razões financeiras e contratuais. Encontra-se na Basílica de San Pietro in Vincoli, em Roma.

Enquadrado por outras figuras, Moisés surge no centro da composição realizada, representando a personagem Bíblica do Antigo Testamento, que salvou o povo hebraico da escravidão do Egipto, conduzindo-o de volta à Terra Prometida por Deus, a Palestina - o Êxodo.

É durante este êxodo que Moisés terá subido ao Monte Sinai para receber as Tábuas da Lei, que contêm os Dez Mandamentos de Deus ou Decálogo.

A estátua de Moisés, com 2,35m de altura, está representada sentada, com a sua mão direita a segurar as Tábuas (símbolo da Justiça) e a tocar as suas longas barbas (símblo de energia). O seu olhar perde-se no horizonte, enquanto a sua mão esquerda repousa em cima das pernas. É esculpido com uns longos panejamentos, modelados de forma perfeita, que lhe cobrem todo o corpo, com exeção dos braços e perna direita, onde se vê as sandálias que tem calçadas. É uma figura imponente, poderosa e musculada, onde se perpeciona um "drama interior" no seu olhar e, ao mesmo tempo, um pathos vigoroso, na movimentação das roupagens.

É uma estátua com características classicistas mas, também, impregnada do humanismo renascentista.

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